Do sentido a ética

A experiência do sexo se dá numa linguagem rica em significações a partir da qual se pode apontar os valores, o quais são a base da normatividade. Como? As significações dos gestos carnais - PROMESSA, DOM, OFERENDA, CRIATIVIDADE, VIDA, FECUNDIDADE, HOSPITALIDADE, ACOLHIMENTO, INCLUSÃO, TERNURA, RELAÇÃO - apontam para o próprio sentido da sexualidade. A partir da fenomenologia dos gestos carnais, percebe-se VALORES. Tais valores são já uma manifestação da linguagem, uma abstração, que permite a re-flexão, isto é, um passo atrás em relação à expressão corporal do sexo, do corpo desejante. Esta re-flexão é a porta para a ética, que aparece porque na dinâmica de eros, para permanecer como tal, aparece o interdito.

Por ser da ordem sensual - gozo, prazer - pode levar à aderência. Há risco de erotismo: Manipulação, sacralização (permanência no momento, eternização), violência e estupro. Por isso, aparece então o INTERDITO. A presença do outro, o qual, se não é feito objeto, permanece sempre no seu mistério, intangibilidade. Será sempre pro-vocação do desejo. O interdito que visa o sentido da sexualidade é "não matarás o desejo".

0 comentários:

Postar um comentário